sábado, 28 de janeiro de 2012

Michael Jackson: Rei do Pop e Empresário




Em uma entrevista exclusiva com BusinessNewsDaily, Vogel fala sobre o legado de Jackson como artista, empresário e inovador e que lições ele ofereceu a todos nós.

BND: Michael Jackson foi claramente mais do que apenas talentoso e mais do que apenas sortudo. Ele deve ter tido alguma outra qualidade – alguma qualidade de empreendedor – que o ajudou em seu caminho para se tornar o Rei do Pop. Você pode descrever?

Joe Vogel: Uma das maiores qualidades de Michael Jackson foi sua capacidade de imaginar algo em sua mente – algo ousado, diferente e inovador – e então ter a força de vontade e ética de trabalho para transformar isso em realidade. Ele estava constantemente desafiando a si mesmo e aqueles em torno dele para ir além do comum. Muitas vezes ele fazia com que seus amigos e colaboradores lessem “Jonathan Livingston Seagull”, que era uma fábula sobre a recusa em se conformar e a busca pela excelência. Mesmo em seu concerto “This is it” com a idade de 50 anos, ele não iria aceitar a mediocridade. Ele queria que os shows fossem diferentes de tudo que as pessoas já tinham experimentado antes.

BND: Você acha que a decisão de se reinventar constantemente foi um esforço consciente da parte de Jackson para se tornar algo sempre emocionante para o público, ou você acha que ele apenas evoluiu naturalmente à medida que ele ficou mais velho?

Joe Vogel: Michael Jackson entendeu que a estagnação para um artista era a morte. Ele odiava simplesmente a idéia de repetir fórmulas. Então, ele estava constantemente em transformação, re-inventando sua imagem, estilo e som, fazendo as pessoas quererem mais. Mas há também continuidades em sua imagem: certos símbolos, marcas e qualidades. Ele é talvez o único artista que pode ser representado em 5 a 10 poses diferentes em silhueta e as pessoas saberem exatamente quem é. Ele era muito determinado em suas escolhas. Ele sempre temeu à superexposição. Ele sabia que aquela aura mágica associada a ele podia ser mantida apenas se retendo um pouco de sua audiência. Assim, por exemplo, ele nunca faria um circuito inteiro de performances na TV e entrevistas para promover um álbum como muitos artistas fazem hoje.

BND: Como você acha que ele teria descrito a marca “Michael Jackson”? O que ele estava tentando vender?

Joe Vogel: Eu acho que Michael era muito parecido com Steve Jobs em cada produto novo – seja um álbum, vídeo ou single – sempre foi um evento. Havia todos os tipos de expectativa. Assim, a marca foi sobre essa empolgação, porque qualquer coisa que ele lançasse iria ser único e da mais alta qualidade.

BND: Ele fez boas decisões de negócios? Quais foram algumas de suas melhores e piores decisões?

Joe Vogel: Michael fez boas decisões de negócio durante os primeiros 10 ou 15 anos de sua carreira solo, e decisões muito ruins durante os seus 10-15 últimos anos. Sua decisão mais inteligente não foi só manter os direitos de suas próprias gravações, mas também adquirir direitos de outras editoras, inclusive o catálogo dos Beatles. Suas piores decisões vieram quando ele tinha muito dinheiro e pouca supervisão. Sua gestão, a partir do início dos anos 90, tornou-se uma porta giratória. Ele tornou-se vulnerável à extorsão, exploração e a gastos excessivos, porque ele não tinha mais uma equipe dedicada e de confiança ao seu redor.

BND: O que qualquer empresário ou empreendedor poderia aprender com Michael Jackson

Joe Vogel: Acho que a principal coisa que um empreendedor ou proprietário de negócio poderia aprender com Michael Jackson é que para fazer algo grande é necessário visão e trabalho. Michael se envolveu em cada novo projeto com uma paixão sem limites, e essa energia era contagiante em seus colaboradores. Mas o que realmente impressionou aqueles que trabalharam com ele foi o fato de que ele poderia trazer suas idéias para a realidade. Ele sonhava grande e em seguida trabalhava incansavelmente até que seus sonhos ganhassem vida.

BusinessNewsDaily

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