A eventual condenação da produtora AEG Live no processo civil relativo à morte do cantor Michael Jackson pode abalar o comportamento de todo o setor de realização de shows, segundo especialistas.
Após 21 semanas de audiências, o caso está agora nas mãos de um júri que irá decidir se a AEG foi negligente ao contratar o médico Conrad Murphy para acompanhar Jackson durante os ensaios para uma série de shows que ele faria em Londres.
Michael Jackson e sua famosa luva cravejada de cristais durante show em Nova York |
Murray já foi condenado criminalmente por homicídio culposo, já que foi ele quem forneceu os medicamentos que causaram a overdose que matou Jackson, em 2009. Advogados da família do cantor reivindicam um ressarcimento que, segundo documentos judiciais, pode superar US$ 1 bilhão (R$ 2,2 bilhões).
O veredicto é esperado para no máximo a semana que vem.
"Se a AEG for considerada culpada, isso expõe as companhias a [pagarem indenizações de] milhões e bilhões de dólares, e já está levando o setor a repensar a estrutura montada", disse Jo Piazza, consultora de marcas para celebridades e autora do livro "Celebrity, Inc.".
Atualmente, as produtoras pagam adiantamentos milionários a grandes astros para poderem controlar parte dos seus assuntos. A ação acusatória diz que "a AEG passou a controlar grande parte da vida de Jackson", incluindo a casa onde ele morava e seus assuntos financeiros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário