Corria o ano de 1958 quando, a 29 de agosto, em Gary, nos EUA, nasce
uma criança que se tornaria numa estrela precoce, num ícone da música, o artista
que mais vendeu e a pessoa mais famosa do mundo.
Hoje é dia de recordar Michael Jackson, o artista famoso vítima da própria
fama, que inscreveu o seu nome no mais alto patamar da música, como cantor,
compositor, bailarino e produtor.
Neste texto, ficam de fora os números das vendas de Michael Jackson. Outros
números se realçam. Desde logo, a idade com que deu início à sua carreira – 11
anos –, como vocalista dos Jackson 5.
A carreira solo começou em 1971. A partir de então, Michael foi rebatizado,
como ‘Rei do Pop’, graças ao tremendo sucesso de álbuns como ‘Off The Wall’
(1979), ‘Thriller’ (1982), ‘Bad’ (1987), ‘Dangerous’ (1991) e ‘HIStory’ (1995).
‘Thriller’ chegou mesmo a ser o álbum mais popular da história da música.
O estilo incomparável de Michael Jackson – quer nos jogos vocais, quer na
dança – foi inspiração para muitos artistas de por, rock, hip hop e R&B. Mas
não se destacou apenas na música: foi um filantropo e humanitário, doando parte
da sua fortuna a causas de beneficência, através da fundação que criou.
Fora dos palcos, Michael Jackson esteve envolvido em polémicas, das quais se
destacam a acusação de abuso infantil, em 1993. No entanto, o processo acabou
arquivado, por falta de provas e Jackson não foi a tribunal. Já em 2005, o
cantor foi julgado, pelo mesmo crime de abuso infantil, mas o juiz
absolveu-o.
Nesta altura da sua vida, Michael era notícia não pelas grandes digressões,
mas por casos polémicos que abalaram a sua reputação – ainda que os milhões de
fãs permanecessem fiéis.
E para regressar ao seu local de eleição (o palco), Michael Jackson preparava
a nova digressão: ‘This Is It’. Mas o destino travou os seus intentos e em 25 de
junho de 2009 morre de intoxicação aguda do anestésico propofol, após uma
paragem cardíaca.
O Tribunal de Justiça de Los Angeles considerou sua morte homicídio. O médico
de Michael Jackson, Conrad Murray, foi condenado por homicídio.
Estima-se que dois mil milhões de pessoas tenham assistido ao funeral de
Jackson pela televisão. O evento foi transmitido em direto por diversos canais,
em todo o mundo.
Foi um final triste do maior artista de todos os tempos, que conseguiu com
‘Thriller’ o álbum mais vendido de todos os tempos. Michael Jackson arrecadou
ainda 15 Grammys e colocou 41 canções no topo das tabelas, como cantor solo.
Outras centenas de distinções fizeram de Michael o artista mais premiado da
história da música.
Outros factos se assinalam, neste 29 de agosto, dia em que se homenageia
Michael Jackson. Em 1825, Portugal reconhece a independência do Brasil. Também
neste dia, em 1966, Os Beatles realizam o derradeiro espetáculo, em São
Francisco, nos EUA. E em 2005 o furacão Katrina varre a cidade de Nova
Orleães.
Nasceram a 29 de agosto Jean-Baptiste Colbert, ministro das finanças de Luís
XIV (1619), John Locke, filósofo inglês (1632), António Lisboa (Mestre
Aleijadinho), escultor e arquiteto brasileiro (1730), Jean-Auguste Ingres,
pintor francês (1780), Apolinário Porto-Alegre, escritor e poeta brasileiro
(1844), Edward Carpenter, poeta inglês (1844), Albert Lebrun, 15.º Presidente da
França (1871), Ingrid Bergman, atriz sueca (1915), Charlie Parker, músico
norte-americano (1920), Richard Attenborough, realizador britânico (1923),
António Assunção, ator português (1945) e Michael Jackson, cantor, compositor e
ator norte-americano (1958).
Morreram neste dia Cristóvão da Gama, filho de Vasco da Gama e capitão de
Malaca (1542), Joseph Wright, pintor inglês (1797), José Maria Latino Coelho,
militar e político português (1891), Vicki Baum, escritora austríaca (1960),
Dorina Nowill, criadora da Funcação Dorina Nowill para invisuais (2010).
ptjornal Autor: Joana Teles |