Conrad Murray chega à corte de Los Angeles para julgamento sobre morte de Michael Jackson (08/02/2010)
Los Angeles - O médico de Michael Jackson deu instruções a um assistente para retirar os equipamentos médicos que estavam ao lado do corpo do cantor antes da chegada dos paramédicos, disse nesta quarta-feira uma testemunha na audiência preliminar do julgamento para determinar o papel do médico na morte do popstar.
Conrad Murray, acusado de homicídio culposo pela morte do rei do pop em 25
de junho de 2009, também recolheu muitas garrafas antes de telefonar para o
serviço de emergência 911, declarou o assistente Alberto Alvarez.
Alvarez, apresentado como diretor de logística de Jackson, disse que quando
entrou no quarto do artista encontrou Murray aparentemente realizando os
primeiros socorros para ressucitá-lo
Depois disso, o médico recolheu um número indeterminado de frascos e
embalagens e pediu ajuda para colocá-los em uma sacola plástica. Após retirar
esses materiais, colocou a sacola dentro de outra de cor marrom, detalhou a
testemunha.
"Quando fiz isso, ele me deu instruções para retirar uma bolsa para
materiais intravenosos da estante" destinada a esses objetos, disse Alvarez,
referindo-se aos instrumentos utilizados para administrar medicamentos a
Jackson, que morreu vítima de uma parada respiratória induzida por overdose de
medicamentos.
O material intravenoso, incluindo "uma substância parecida com leite" que
estava na bolsa, foi depositado em outra sacola separadamente, informou a
testemunhas, acrescentando que todas essas mudanças foram feitas antes que
alguém telefonasse para os serviços de emergência.
Alvarez apresentou seu testemunho no segundo dia de audiências
preliminares, que podem durar duas semanas, com o objetivo de determinar se
Murray deve enfrentar ou não um julgamento.
Nesta quarta-feira, assistiram à audiência os pais do cantor, Katherine e
Joe, suas irmãs Janet, LaToya e Rebe, assim como seu irmão Randy. Na terça-feira
estiveram presentes sua mãe, LaToya e seu irmão Jackie.
Na terça-feira, o promotor David Walgren disse que Murray não telefonou
para o número de emergência 911 suficientemente rápido e que tampouco contou aos
paramédicos o que havia feito com o artista.
O médico, acusado de administrar em Jackson uma dose excessiva de fortes
sedativos, teria ainda errado no procedimento de reanimação do rei do pop,
afirmou Walgren, que indicou na semana passada que os advogados de Murray
tentarão convencer o juiz de que Jackson aplicou os sedativos em si mesmo.
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