terça-feira, 1 de novembro de 2011

Testemunha da defesa admite erro de médico de Michael Jackson

Segundo ela, Conrad Murray não foi correto ao indicar propofol para cantor.
Médico Paul White especulou que Jackson teria se injetado a dose letal.

O médico Conrad Murray durante julgamento (Foto: AP) 
O médico Conrad Murray durante julgamento
(Foto: AP)

Uma testemunha de defesa admitiu na segunda-feira que o médico Conrad Murray cometeu erros sérios ao administrar propofol ao cantor Michael Jackson, possivelmente causando a morte do cantor em 2009.
Num agressivo interrogatório, o médico Paul White reconheceu também que nunca havia ouvido falar do uso do anestésico propofol em um ambiente doméstico, com ocorreu no caso de Jackson, que usava a droga como sonífero.
White deve ser a última testemunha de defesa no processo em que Murray, acusado de homicídio culposo, pode ser condenado a até quatro anos de prisão. Na semana passada, o médico, que é especialista no propofol, especulou que Jackson teria se injetado a dose letal sem o conhecimento de Murray.
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Mas, no depoimento de segunda-feira, o especialista afirmou que o réu se desviou dos procedimentos habituais ao administrar o propofol a Jackson durante dois meses na casa dele. Murray admitiu ter injetado 25 miligramas da dose no seu paciente.
White disse que, ao usar o propofol em ambiente hospitalar, ele sempre tem um monitor cardíaco e um medidor de pressão à mão. Depoimentos anteriores sugerem que Murray não tinha esses equipamentos na casa de Jackson, em Los Angeles.
No interrogatório, o promotor David Walgren perguntou a White se Murray, ao administrar propofol a Jackson, não teria violado o juramento médico de 'não fazer o mal' aos pacientes.
"Acho que ele estava prestando ao sr. Jackson um serviço que ele (Jackson) solicitou, e pelo qual na verdade ele insistiu", afirmou White. Murray disse que monitorou Jackson durante um período não especificado depois de administrar o propofol, que pode causar parada respiratória.
De acordo com White, ao administrar uma dose relativamente pequena de 25 miligramas seria aceitável que o médico deixasse a cabeceira do paciente após 15 a 30 minutos. Mas, quando Walgren citou uma declaração de Murray à polícia, dizendo que Jackson gostava de "se empurrar o propofol", White disse que nessas circunstâncias não teria abandonado o quarto.
Murray diz que deixou Jackson sozinho por dois minutos, para ir ao banheiro. Registros telefônicos mostram, no entanto, que ele passou 45 minutos ao celular. White disse ter recebido 11 mil dólares para depor como testemunha da defesa. Um especialista convocado anteriormente pela acusação, Steven Shafer, afirmou não ter recebido dinheiro.

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