Segundo ela, Conrad Murray não foi correto ao indicar propofol para
cantor.
Médico Paul White especulou que Jackson teria se injetado a dose
letal.
O médico Conrad Murray durante julgamento
(Foto: AP)
(Foto: AP)
Uma testemunha de defesa admitiu na segunda-feira que o médico Conrad Murray
cometeu erros sérios ao administrar propofol ao cantor Michael Jackson, possivelmente causando a morte do
cantor em 2009.
Num agressivo interrogatório, o médico Paul White reconheceu também que nunca
havia ouvido falar do uso do anestésico propofol em um ambiente doméstico, com
ocorreu no caso de Jackson, que usava a droga como sonífero.
White deve ser a última testemunha de defesa no processo em que Murray,
acusado de homicídio culposo, pode ser condenado a até quatro anos de prisão. Na
semana passada, o médico, que é especialista no propofol, especulou que Jackson
teria se injetado a dose letal sem o conhecimento de Murray.
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Mas, no depoimento de segunda-feira, o especialista afirmou que o réu se
desviou dos procedimentos habituais ao administrar o propofol a Jackson durante
dois meses na casa dele. Murray admitiu ter injetado 25 miligramas da dose no
seu paciente.
White disse que, ao usar o propofol em ambiente hospitalar, ele sempre tem um
monitor cardíaco e um medidor de pressão à mão. Depoimentos anteriores sugerem
que Murray não tinha esses equipamentos na casa de Jackson, em Los Angeles.
No interrogatório, o promotor David Walgren perguntou a White se Murray, ao
administrar propofol a Jackson, não teria violado o juramento médico de 'não
fazer o mal' aos pacientes.
"Acho que ele estava prestando ao sr. Jackson um serviço que ele (Jackson)
solicitou, e pelo qual na verdade ele insistiu", afirmou White. Murray disse que
monitorou Jackson durante um período não especificado depois de administrar o
propofol, que pode causar parada respiratória.
De acordo com White, ao administrar uma dose relativamente pequena de 25
miligramas seria aceitável que o médico deixasse a cabeceira do paciente após 15
a 30 minutos. Mas, quando Walgren citou uma declaração de Murray à polícia,
dizendo que Jackson gostava de "se empurrar o propofol", White disse que nessas
circunstâncias não teria abandonado o quarto.
Murray diz que deixou Jackson sozinho por dois minutos, para ir ao banheiro.
Registros telefônicos mostram, no entanto, que ele passou 45 minutos ao celular.
White disse ter recebido 11 mil dólares para depor como testemunha da defesa. Um
especialista convocado anteriormente pela acusação, Steven Shafer, afirmou não
ter recebido dinheiro.
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