terça-feira, 25 de outubro de 2011

Para médico, Michael Jackson morreu porque continuou recebendo propofol mesmo após parada cardíaca


Para o médico Steven Shafer, especialista em propofol e última testemunha do julgamento de Conrad Murray, Michael Jackson morreu porque continuou recebendo propofol mesmo após seu coração ter parado. Em seu depoimento desta quinta-feira (20/10), ele mostrou simulações das possíveis quantidades de propofol que o cantor recebeu antes de sua morte (20/10/2011) 
Para o médico Steven Shafer, especialista em propofol e última testemunha da promotoria no julgamento de Conrad Murray, Michael Jackson morreu porque continuou recebendo propofol mesmo após seu coração ter parado. Em seu depoimento desta quinta-feira (20), ele mostrou simulações das possíveis quantidades de propofol que o cantor recebeu antes de sua morte.
Ele rejeitou que tenham sido dadas doses de 25 mg, 50 mg, 100 mg ou mesmo seis injeções de 50 mg ou 100 mg em intervalos de tempo diversos. Shafer explicou que o propofol é expelido rapidamente do organismo, portanto Michael recebeu propofol continuamente. Ele também refuta a possibilidade de o cantor injetar doses extras, porque isso exigiria a agilidade que alguém que acordou da sedação com propofol não teria. Além disso, o cantor tinha veias de difícil acesso --o que dificulta a autoaplicação.
O médico apontou como mais provável a hipótese de Murray ter dado 1.000 mg de propofol por volta das 9h da manhã. Isso causaria uma parada respiratória por volta do meio-dia, e o cantor continuou recebendo a medicação mesmo após ter morrido. O especialista também demonstrou o funcionamento do equipamento usado para dar propofol.
Última testemunha apresentada pela promotoria, Shafer também mostrou hoje (20) que Michael Jackson tinha uma maior dose do sedativo lorazepam no organismo do que Conrad Murray admitiu ter administrado no dia em que ele morreu. A autópsia no corpo do cantor, morto em junho de 2009, mostrou que ele foi vítima de uma overdose de propofol em combinação com outros medicamentos, inclusive o lorazepam.
A promotoria diz que Murray foi negligente com seu paciente, mas o médico se diz inocente, e sua defesa alega que o próprio Jackson causou a morte ao ingerir doses adicionais quando ele se ausentou do quarto do artista. Após o fim do testemunho de Shafer, os advogados de defesa de Conrad Murray irão trazer suas testemunhas, para tentar provar a inocência do médico.

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