Em depoimento, Dr. Nadar Kamangar criticou Conrad Murray: 'Pacientes que estão usando Propofol têm que ser monitorados o tempo inteiro'.
Dr. Nadar Kamangar em seu depoimento
O Dr. Nadar Kamangar, segunda pessoa a depor nesta quarta-feira,
12, tem uma opinião muito parecida com a do cardiologista Alon
Steinberg, primeira testemunha do 11º dia de julgamento do
médico Conrad Murray - acusado de homicídio culposo pela morte
de Michael Jackson.
Kamangar, especialista em doenças pulmonares e distúrbios do
sono, e membro do Conselho Médico da Califórnia, disse que a
administração de Propofol sem monitoramento
é "inconcebível". Ele disse ter encontrado muitas
divergências no tipo de cuidado de Murray se ele considerava que
o problema de Michael Jackson era insônia.
O médico declarou ainda que problemas de insônia são muito comuns
nas unidades de terapia intensiva e que usa Propofol como forma
de tratamento diariamente, mas com muita cautela, já que esse
sedativo pode ser muito imprevisível, especialmente quando usado
com outros sedativos.
Kamangar disse que os pacientes que estão usando Propofol
precisam ser monitorados de perto porque seu estado de saúde
pode mudar a qualquer momento. Ele considera que o tratamento
escolhido por Conrad Murray no caso de Michael Jackson foi uma
"negligência grosseira".
Além disso, Kamangar afirmou que é necessária uma bomba
automática para administrar Propofol em pacientes, porque a
medicação é muito forte, fato que não aconteceu no caso de
Michael Jackson. Ele também declarou que Murray jamais deveria
ter dado qualquer tipo de sedativo ao cantor porque ele estava
desidratado, o que indica que sua pressão sanguínea já estava baixa.
O médico criticou a demora de Murray em ligar para o serviço de
emergência, dizendo que foi uma "falta de cuidado
irracional". Ele disse que o cérebro começa a morrer se não
recebe oxigenação necessária depois de quatro ou cinco
minutos. Ao esconder informações dos médicos do pronto-socorro,
Kamangar disse que Murray violou a primeira norma da medicina :
colocar a vida do paciente em primeiro lugar.
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