segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Julgamento pela morte de Michael Jackson entra na 2ª semana

Conrad Murray foi acusado de ter sido negligente ao medicar doses exageradas de Propofol ao cantor

Conrad Murray foi acusado de ter sido negligente ao medicar doses exageradas de Propofol ao cantor. Foto: AFP

Foto: AFP



O julgamento contra o médico Conrad Murray pela morte de Michael Jackson começa nesta segunda-feira sua segunda semana com o testemunho do paramédico que atendeu o "rei do pop" momentos antes de sua morte ser confirmada.

Murray, 58 anos, é acusado de homicídio involuntário pela suposta administração ao cantor de uma dose letal de remédios, concretamente um anestésico chamado propofol que segundo a autópsia tirou a vida do artista no dia 25 de junho de 2009.

A Promotoria insiste em que o médico cometeu uma "negligência flagrante" no cuidado de seu paciente e isso foi a causa direta de sua repentina morte, enquanto a defesa mantém que foi o próprio Michael que, devido a suas dependências, acabou tomando os remédios quando Murray estava ausente.

O acusado se declarou inocente das acusações e poderia chegar a passar até quatro anos na prisão se receber uma sentença desfavorável em um julgamento que se espera que se prolongue até o final do mês.

Está previsto que a primeira testemunha a se declarar nesta segunda-feira, a partir das 8h45 (horário local, 12h45 em Brasília), será o médico de urgências do hospital Ucla Richelle Cooper, cujo testemunho ficou interrompido ao término da sessão vespertina de sexta-feira passada.

Cooper disse ao tribunal que Michael chegou "clinicamente morto" ao centro médico mas que, mesmo assim, tentaram reanimá-lo sem sucesso. O médico disse que em momento algum Murray informou a sua equipe que o cantor tinha recebido propofol horas antes, como posteriormente admitiu o médico de Michael durante a investigação.

Ed Chernoff, advogado de Murray, assegurou ao júri em sua alegação inicial que seu cliente administrou uma pequena dose de propofol ao artista depois que o "rei do pop" "rogou" pelo remédio que, segundo Chernoff, tomava há muito tempo para combater sua insônia.

A quantidade descrita por Chernoff é inferior à detectada na análise toxicológica realizada durante a autópsia de Michael. Murray disse aos médicos que atenderam o cantor no dia de sua morte que estava medicando o artista com o tranquilizante lorazepam para ajudá-lo contra seu "esgotamento" e "desidratação" devido aos ensaios nos quais estava envolvido o cantor.

Michael ia reaparecer em julho de 2009 com uma série de 50 shows em Londres que tinham como título This Is It.

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